RFID Systems

A ACURA é destaque em matéria da revista Digital Security.

Entrevista ACURA

Quais as áreas de atuação da ACURA Global dentro do mercado de segurança eletrônica?

A ACURA atua como fabricante e distribuidor de alto valor agregado de equipamentos, Softwares e Acessórios para Controle de Acesso de Pessoas e de Veículos e Controle de Ponto, notadamente leitoras, antenas e tags de RFID, além de terminais e módulos de Biometria. Temos mais de 600 revendas ativas em todo o país, além de grandes fabricante de sistemas de segurança.

Quais são os modelos de negócios da companhia para o segmento de RFID e Biometria?

Buscamos maximizar o potencial da utilização da RFID e da Biometria, aproveitando a sinergia existente entre elas para uso no setor de controle de acesso. Concentramos negócios sempre nos canais, e isso faz todo o sentido em um país de dimensões continentais como o nosso. A disseminação de nossos produtos e soluções de RFID e Biometria depende fundamentalmente de treinamento contínuo de nossos revendedores e integradores de sistemas.

Quais as vantagens do sistema RFID para a segurança eletrônica?

Podemos resumir em duas grandes vantagens.

A primeira é o enorme potencial em termos de segurança intrínseca, no uso de chips de RFID (Identificação por Rádio Frequência) sobre os sistemas baseados em tecnologias legadas, como o código de barras ou por tarja magnética. Embora não seja impossível, é pouco provável a falsificação de cartões RFID para uso em sistemas de controle de acesso. O uso da RFID na identificação de veículos, que vem se espalhando com grande velocidade nos grandes centros urbanos do país, também melhorou muito a segurança no acesso a condomínios residenciais e comerciais, escolas, aeroportos, etc.

A segunda vantagem a ser destacada é o conforto proporcionado pela RFID. No caso de crachás em sistemas de controle de acesso, essa tecnologia permite a identificação sem contato físico, através de ondas de rádio frequência, resultando em grandes benefícios ao usuário. O uso em veículos oferece grandes vantagens já que o automóvel pode ser identificado ainda em movimento e de forma automática, com tags RFID normalmente instalados internamente nos para-brisas, muito semelhante aos sistemas eletrônicos usados em pedágios.

Fale sobre o conceito criado pela ACURA e batizado de Made in Korea?

A Coréia é hoje reconhecida pela excelência na educação e inovação, além de qualidade, design e desempenho. Empresas como Samsung, LG, Hyundai, Kia, para citar as mais renomadas, vem dominando o cenário mundial em seus segmentos de atuação. A VIRDI do Brasil é uma Joint Venture da ACURA Global e da VIRDI, maior empresa de Biometria da Coréia do Sul e uma das maiores do mundo. O conceito Made in Korea faz parte da nossa estratégia de marketing para vincular nossos produtos de Biometria a excelência cultivada pelos pares Coreanos.

Qual o principal produto da VIRDI/ACURA Global no Brasil?

Da VIRDI, é sem dúvida alguma o revolucionário terminal biométrico AC-F100, com design e acabamentos primorosos e, sobretudo, sistema altamente inovador ao trabalhar com tecnologia WiFi e ser operado por um smartphone ou um tablet.

Da ACURA Global, o sistema AutoID Criptografado, que acrescenta segurança adicional na identificação automática de veículos.

Como foi feita a Joint Venture entre a ACURA e a Virdi para a linha de produtos de biometria?

Essa parceria foi celebrada em 2009 e teve foco no fornecimento de módulos OEM e terminais de biometria diretamente da Coréia do Sul, e, num segundo momento, a montagem em SKD destes dispositivos no país, que deverá ser iniciada ainda este ano.

Quais os principais distribuidores da ACURA Global?

Dimep, Telemática, Trix, IDDATA, RW, Trielo, Digicon, Vault, Maxtel, ASP, Task, Sigis, Nepos, WPS. Temos ainda muitos outros aos quais, certamente, devemos boa parte de nosso sucesso e reconhecimento.

De que forma os distribuidores trabalham a marca?

De forma distinta, uma vez que os grandes fabricantes de equipamentos de controle de acesso e de ponto preferem usar suas próprias marcas, o que faz todo o sentido, usando nossos produtos em regime de OEM. Outros adotam nossas diversas marcas como forma de consolidar suas soluções de controle de acesso e de ponto. A divulgação está mais concentrada nos web sites, além de mídias sociais e feiras de negócios, e hoje, em menor escala em mídias impressas.

A falta de mão de obra especializada em segurança é uma realidade. No segmento de RFID essa escassez também existe? Como a empresa trabalha para manter integradores atualizados sobre o sistema?

Obviamente não estamos imunes à escassez de mão de obra especializada. Provemos treinamentos regulares in company e em nosso auditório, mas temos usado também com grande sucesso, os webinars, treinamentos a distância com o uso de ferramentas de web conferencia.

Como você avalia a participação da ACURA Global em eventos de segurança eletrônica?

Continua sendo muito importante e temos participado anualmente dos principais eventos de segurança do país. Temos como principal objetivo em nossas participações, prestigiar nossos parceiros de negócios, aproveitando esses eventos para estreitar nossos relacionamentos, sem esquecer, no entanto, a divulgação em primeira mão de novos lançamentos, sempre destaques em feiras do segmento.

O segmento médico parece ser um dos grandes mercados para o RFID. Em sua opinião, como esse setor está sendo trabalhado no Brasil?

Acredito que esse setor vem obtendo destaque crescente nos últimos anos. O uso da RFID no segmento de saúde tem vasta aplicação. Dentre os principais, podemos destacar o controle para garantir a presença de médicos e funcionários da saúde em hospitais públicos, coibindo fraudes, controle de ativos hospitalares, normalmente equipamentos de alto valor. Além disso, o RFID é muito usado no controle de bebês em maternidades, gerenciamento de medicamentos na rede pública e privada e na autenticação de drogas originais, com o uso de etiquetas RFID, que atestam a sua procedência lícita.

Quais as principais conquistas da ACURA Global?

A ACURA tem pautado sua atuação na inovação constante e pioneirismo. Introduzimos o conceito de Smart Label, o sistema de controle de acesso automático de veículos com a RFID, a tecnologia Mifare, mais conhecida como meio de pagamento eletrônico, no uso em sistemas de controle de acesso e a tecnologia dual, que incorpora dupla tecnologia em um mesmo cartão de crachá, dentre várias outras.

Em termos de desenvolvimento e aplicação do RFID, como o Brasil está posicionado em relação a outros países?

O Brasil está muito bem no segmento de RFID, embora sua adoção seja desigual nas várias regiões do país. O uso de RFID em sistemas de controle de acesso está amplamente disseminado nas grandes cidades do país, como pode ser observado em qualquer edifício comercial e universidades, entre outros. Da mesma forma, o uso para controle de acesso veicular e aplicação em sistemas anti-furtos já é lugar comum. Temos no país, também, uma fábrica de semicondutores já produzindo chips de RFID e desenvolvemos um padrão próprio para o sistema de pedágio e controle nacional de veículos, o Siniav. Posso dizer com segurança que o Brasil está muito à frente de seus pares da América Latina e muito próximo dos EUA em alguns setores.

O segmento de RFID já pode ser considerado uma realidade no Brasil?

Pode, e não apenas em sistemas de controle de acesso. Ele está presente, sobretudo, no uso de transporte público, automação industrial, identificação animal, mineração, logística, transporte, varejo, enfim, praticamente todos os setores da economia do país.

Como funciona a legislação para esse setor? As instituições brasileiras estão preparadas para ele?

Adotamos padrões mundiais. No âmbito da legislação de radio fusão, a Anatel, por exemplo, tem capítulos já dedicados a certificação de equipamentos de RFID. Nossos laboratórios e órgãos certificadores estão devidamente equipados e ativos para o desafio da massificação da RFID no país.

Como é a atuação da ACURA Global no mercado externo, sobretudo na América Latina?

Temos filiais nos EUA e Chile e uma Joint Venture na Argentina. Olhamos com carinho os países com melhor desempenho de nossa região, como Chile, Colômbia, Peru e México, que têm potencial para adoção em larga escala de nossos produtos e soluções.

Qual é a próxima aplicação tecnológica do RFID em que a ACURA está trabalhando?

Temos aprimorado em muito a segurança de nossos produtos, com a adoção de criptografia em vários níveis. Entretanto, o destaque está mesmo no Brasil ID, sistema a ser adotado em âmbito nacional por todas as esferas governamentais e participação privada. Esse sistema vai atuar de forma a reduzir drasticamente a evasão de impostos, através do controle das cargas movimentadas por todo o país por meio de chips.

Dentro do setor governamental, como é o consumo de tecnologia RFID?

Muito alto, com o sistema Artesp em SP e Siniav em todo o país para uso em veículos. Além disso, não podemos esquecer o fato de várias repartições públicas, utilizarem a tecnologia RFID há alguns anos, nos sistemas de controle de acesso. Empresas estatais como os Correios, a Petrobrás e Metro de SP são exemplos notórios, que dão uma ideia do grau de disseminação desta tecnologia no país.

Em termos de segurança eletrônica, em que setores o Brasil ainda precisa evoluir?

Certamente na adoção da RFID em sistemas de vigilância eletrônica anti-furto, os chamados EAS. Também precisamos crescer e disseminar a tecnologia em centros urbanos de menor porte e nos rincões do país. Isso deve acontecer a se acentuar na medida em que crescimento do país se espalha por outras regiões fora do eixo Rio-São Paulo.

Como está o planejamento da ACURA Global para o restante do ano de 2013?

Estamos bastante otimistas para o segundo semestre, que na verdade já começou forte em termos de faturamento e novas oportunidades. Estamos consolidando o desenvolvimento de novos produtos e buscando ampliar nosso quadro de colaboradores para não desperdiçar as oportunidades de negócios.

Quais as principais qualidades do mercado brasileiro?

No Brasil não temos um grande legado de tecnologias ultrapassadas e costumamos pular etapas. Um exemplo é a adoção de tecnologias de ponta, muitas vezes antes dos EUA. Eles têm uma realidade oposta, com muitas tecnologias legadas, e que precisam de um bom tempo para ser substituídas. As dificuldades existem, mas, elas trazem muitas oportunidades. O Brasil tem uma população ávida por consumir tecnologia e demandar cada vez mais conforto e segurança. Esse é o nosso mercado.